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Todo tratamento, inclusive contra o câncer, surge do objetivo de melhorar a saúde dos pacientes. Os primeiros estudos são feitos em células e modelos animais em laboratórios para se testar os compostos. Somente os medicamentos mais promissores seguem para avaliação em seres humanos. Sem isso, nenhum composto pode ir para uma farmácia.
É aí que entra a pesquisa clínica. Esse é uma ferramenta fundamental para o avanço da medicina. É o momento que se realizam todas as avaliações necessárias de uma nova medicação, que pode ser menos tóxica e aumentar as chances de cura ou qualidade de vida do paciente. A fase clínica pode ser dividida em três etapas.
Fase 1: Dezenas de pacientes voluntários participam da primeira experiência em que o composto é testado em humanos. O objetivo principal é verificar a segurança do composto e definir a dose recomendada para futuros testes. Também são avaliadas a frequência e os efeitos colaterais.
Fase 2: O estudo envolve centenas de pacientes. Agora é testada a dose recomendada para ver se a doença responde ou não a ela. Aqui o novo medicamento precisa mostrar que funciona. A maioria das drogas na oncologia falha nessa etapa.
Fase 3: Nesta fase, são recrutadas centenas ou até milhares de pacientes. O medicamento em potencial tem que ser melhor que outros que já existem. Os pacientes são sorteados em dois grupos: um que usará o composto e outro que receberá o remédio convencional ou o placebo. Um detalhe fundamental, em muitos estudos nessa etapa, é que os pacientes e médicos não sabem qual droga estão usando. Nem mesmo os profissionais que administram o tratamento. Tudo isso para evitar erros capazes de impactar no resultado. São esses grandes estudos de fase 3 que permitem um “composto promissor” se tornar um medicamento e receber a aprovação de agências regulatórias, como a Anvisa no Brasil, FDA nos Estados Unidos e EMA na União Europeia.
Entende a importância de participar de uma pesquisa clínica? Você pode se candidatar neste link: vencerocancer.org.br/protocolos
