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21 de outubro de 2021No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, de janeiro a março de 2021, ocorreram 1.562 transplantes de órgãos (envolvendo coração, fígado, intestino, multivisceral, pâncreas, pulmão e rim); 2.560 transplantes de tecido (córnea); e 802 transplantes de células (medula óssea).
A data objetiva promover a reflexão acerca deste tema e incentivar a pesquisa e o debate por parte da população. Pensando nisso, este material tem como proposta esclarecer algumas dúvidas que podem surgir quando se começa a cogitar ser um doador. Vamos lá?
Afinal, o que é a doação de órgãos?
Trata-se do ato de ceder uma ou mais partes do corpo, ou seja, órgãos e/ou tecidos, a fim de auxiliar no tratamento de outro indivíduo através de transplante.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país que mais realiza transplantes no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Como funciona o processo de se tornar um doador?
O diálogo com a família é importante, principalmente quando a pessoa deseja se tornar doador não vivo. Se o potencial doador registrar seu desejo e houver decisão judicial envolvida, também é uma opção. Porém, esse modelo de consentimento e conversa com familiares ainda é o que mais funciona no Brasil nesse aspecto.
A logística de doações, receptores e filas de espera é administrada pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e todos esses processos estão sob monitoramento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Quais órgãos posso doar?
Existe uma gama de órgãos e tecidos que podem ser doados. Porém, isso vai depender do estado clínico de cada um desses órgãos e também da condição do doador. As opções variam dependendo do desejo do indivíduo em se tornar um doador vivo ou não vivo.
Doador vivo
É um indivíduo maior de idade e capaz juridicamente. Um doador vivo pode doar os seguintes órgãos e tecidos:
- Um dos rins;
- Parte do fígado;
- Parte da medula óssea;
- Parte dos pulmões.
Lembrando que é necessário avaliação das condições clínicas do paciente e doenças prévias. Além disso, é de suma importância que haja compatibilidade sanguínea entre receptor e doador.
Doador não vivo
São pacientes que passaram por UTI com quadro de morte encefálica, ou, morte das células do Sistema Nervoso Central, isso faz com que a irrigação sanguínea no cérebro cesse, irreversível e definitiva. Um doador não vivo pode doar os seguintes órgãos:
- Rins;
- Coração;
- Pulmão;
- Pâncreas;
- Fígado;
- Intestino.
Além disso, um doador não vivo também pode doar os seguintes tecidos:
- Córneas;
- Ossos;
- Músculos;
- Tendões;
- Pele;
- Cartilagem;
- Medula óssea;
- Sangue do cordão umbilical;
- Válvulas;
- Veias;
- Artérias.
Como ocorre o transplante?
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na substituição de um órgão ou tecido proveniente de um doador para um receptor. Ou mesmo a infusão de células tronco hematopoiéticas que não necessitam de procedimento cirúrgico, por exemplo.